quarta-feira, 15 de março de 2017

Cuidar dos sonhos e desejos



 

Demorei, mais do que de costume, para escrever no blog.  Mas por que, se é algo de que gosto tanto? Às vezes, tenho o hábito de deixar as coisas que me dão prazer de lado, para me dedicar àquelas que garantam a estabilidade e/ou surjam de última hora. Por muitos anos, me condicionei a voltar-me para o “outro” em detrimento aos meus desejos e sonhos. Como nas últimas semanas, quando priorizei afazeres que podiam esperar. Na verdade, não se trata de escolher entre o que gosto e a obrigação, mas deixar que convivam em harmonia, como companheiros e parte do que sou.

O desafio é grande. Afinal, mudar de hábito exige força de vontade e compromisso. A felicidade está, também, na dedicação ao próximo. Mas, sobretudo, nas alegrias das realizações e de práticas que nos façam perceber o sentido que temos no mundo e as oportunidades que oferece para evoluirmos. Identificarmos dons e talentos e colocá-los a serviço de nossos propósitos de vida e da humanidade, sem esquecer de perceber o que precisa ser transformado em nós.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Somos quem podemos ser



 

Tenho me questionado muito, ultimamente, sobre o que fui, sou e quero ser. Embora sempre tenha sido fã da filosofia, as questões são bem objetivas quando são sobre mim. Como estou mais perto dos 40, não faço planos para o futuro distante, mas para daqui a poucas horas. A corrida para ascensão profissional e o mestrado, por exemplo, já tiveram o espaço privilegiado na minha vida. E sou grata por eles, que me ensinaram tanto e me tornaram uma pessoa melhor, mais consciente e segura como jornalista. Mas hoje, troco as horas de aprofundamento em autores da comunicação por um sorvete com meus sobrinhos, sem pestanejar.

E a beleza da vida está aí, no movimento de escolhas, dedicação e ir e vir que nos faz donos do nosso “destino”. A maturidade nos permite ver que somos o resultado disso, do pacote completo, que vem ainda com alegrias, tristezas e frustrações.  E tudo nos mostra, como a música diz, que somos quem podemos ser e os sonhos que podemos ter. Com a idade e as experiências vividas, podemos assumir quem somos de verdade e não o que os outros esperam da gente. E isso dá uma sensação de liberdade, que há muito não sentia. E é o que quero hoje e amanhã. Ser livre dos entraves, dos padrões, das expectativas e viver as surpresas, frutos das minhas escolhas. Isso não delego a ninguém.